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sábado, 6 de junho de 2009

Dez gaúchos apoiaram tese do 3º mandato Três deputados negam ter respaldado texto que beneficia Lula

ELEIÇÕES 2010

Dez dos 31 integrantes da bancada gaúcha na Câmara assinaram a proposta de emenda constitucional do deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) que prevê um terceiro mandato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Todos afirmam ser contrários à ideia de uma segunda reeleição.Nem mesmo o mais ferrenho defensor do terceiro mandato, Fernando Marroni (PT), admite apoiar a mudança nas regras eleitorais. O pelotense, que chegou a usar a tribuna da Câmara para fazer um discurso em prol da continuidade de Lula na Presidência, foi enquadrado pelo partido e mudou a postura.– Minha posição é a mesma do meu grande líder, o presidente Lula: contra o terceiro mandato. Eu não assinei esse documento – afirma Marroni.Outros dois deputados também negam ter avalizado a proposta: Osvaldo Biolchi (PMDB) e Vilson Covatti (PP). No entanto, a secretaria-geral da Câmara confirma as assinaturas dos três parlamentares. Luiz Carlos Busato (PTB), Mendes Ribeiro Filho (PMDB) e Paulo Pimenta (PT) pediram a retirada de seus nomes da lista.– Estão interpretando que quem assinou é a favor. Só segui um costume da Casa de proporcionar o debate do tema – justifica Busato.Apenas quatro gaúchos admitem ser a favor da discussão do assunto. Desses, dois são mais simpáticos ao tema: Paulo Roberto (PTB) e Sérgio Moraes (PTB). Ambos querem um plebiscito para que a população decida. Os outros dois, Enio Bacci (PDT) e Manuela D’Ávila (PC do B), são a favor da tramitação da PEC, mesmo se posicionando contra o terceiro mandato.– Assinei porque seria o único jeito de levar a discussão ao plenário e tentar acabar de uma vez por todas com a reeleição – diz Bacci.O avanço da proposta contraria o líder do governo na Câmara, o também gaúcho Henrique Fontana (PT). Se a PEC chegar ao plenário, Fontana vai orientar a base do governo a derrubá-la. O texto foi reapresentado na quinta-feira por Barreto com 176 assinaturas consideradas válidas – o mínimo exigido para a tramitação da matéria é de 171 assinaturas. Na semana passada, a PEC havia sido devolvida a Barreto porque apenas 166 rubricas haviam sido confirmadas.

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